segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Aquela maldita música não saía de minha cabeça. Eu havia deixado o laptop ligado, conectado as malditas caixas de som novas que comprei, numa tentativa inútil de me ocupar ou tentar me divertir com algo.
Como se caixas de som fossem substituir você.
E eu perdi as contas de há quanto tempo estou escutando as mesmas frases. De quantas garrafas eu já bebi pensando em você. De quantos cigarros traguei pensando naqueles perfeitos olhos azuis.
Os meus olhos azuis. Independentemente de qualquer coisa, eu sabia que eles seriam para sempre meus. Você havia prometido, afinal.
Aliás, promessas foram o que mais fizemos ao longo desse tempo, huh? E é, algumas até cumprimos... outras, eu prefiro nem comentar. Eu prefiro nem lembrar. Não quero deixar esse sentimentalismo barato me tomar por mais uma vez. Eu não era assim."

"Eu respirei fundo, apertando meus olhos e o cigarro entre meus dedos. A claridade do sol agora incomodara meus olhos irritados. Deveriam ser o que... cinco? Seis horas da manhã? Eu estava pouco me fodendo para o tempo. Não importava a hora que fosse, não importa. É um inferno sem você, vai ser sempre assim."

"(...) até que o impulso de escrever sobre você veio como um choque. Eu precisava pôr tudo no papel.
Mas como? Em uma música? Eu tentei, tentei inúmeras vezes escrever algo que estivesse á sua altura, mas acho que palavras não são o suficiente, McCracken. Nenhum pouco.
Palavras não o trarão de volta para mim, eu tenho absoluta certeza disso."

"A dor persistia.
Perfurava meu peito de tal forma que... incontáveis vezes eu pensei em desistir. Você sabe. Eu sou fraco. Você me dava forças. Agora você não está, eu perdi as minhas forças... eu... eu perdi você. Eu fito essas palavras que acabei de escrever e a ficha não cai. O que realmente cai... são as lágrimas.
Eu não queria chorar, eu queria ser forte. Como você me fazia ser quando estava aqui ao meu lado.
E a dor continuava. Era insuportável." 

"(...) você sussurrou. Sua respiração quente batendo contra a minha pele, arrepiando-me. Assim como seus pequenos dedos dedilhavam a lateral da minha cintura.
Só você fazia-me ficar arrepiado de tal maneira. E ainda faz, apenas por lembrar isso... além das lágrimas, meu corpo estremece por completo.
- Pequeno... – eu sussurrei, entregando-me aos teus toques, fechando meus olhos.
- Você nunca vai me deixar, não é? – sua voz era receosa, porém doce como sempre.
Sempre quando falava de amor.
- Não pretendo. Não vou. Não quero. – eu respondi, deixando um sorriso brotar em meus lábios. Meus braços tomaram seu corpo, o abraçando de uma forma um tanto apressada. Querendo-o ao máximo grudado junto á mim.
O fiz subir seu corpo, abrindo meus olhos e o podendo ver agora o seu rosto rente ao meu. Os olhos azuis brilhavam, fitavam os meus de uma forma... você me faz ficar completamente tonto toda vez que me olha assim.
Olhava.
Eu deixei um sorriso enorme em meus lábios se formar e você aos poucos foi encostando sua testa na minha. Seus fios caiam agora pelo meu rosto e eu não ligava, eu queria apenas olhar em teus olhos. Guardar aquele momento.
E eu guardei, como guardei.
- Eu tenho medo. – você disse. E pela primeira vez pude ver seus olhos azuis se tornarem receosos.
Você tinha medo de quê?
- Perder você... – completou como se soubesse o que eu pensava. E sempre sabia. Era incrível como a sua mente era completamente interligada com a minha, e vice e versa.
Meu coração ficou apertado. Eu não gostava de pensar nessa possibilidade. Estava tão bom do jeito que estava. Digo, iria ficar melhor. Mas... eu não gostava de pensar. Causava-me um vazio fodido.
Esse vazio."

"Eu gostaria que você estivesse aqui. Nem que fosse apenas para me xingar, dizer o quão idiota eu sou. Ou... Apenas para amparar-me em teus pequenos braços, tentar esmagar-me com os mesmos. Sussurrar as malditas palavras de amor em meu ouvido.
Malditas agora. Não, me corrigindo... Nunca vão ser malditas. Elas são as únicas que me mantêm aqui.
Não firme, um bêbado imbecil e em pedaços não poderia ser considerado firme. Mas elas me fazem ter alguma esperança. Talvez volte á ser meu... Meu pequeno enorme amor. E único."

"Eu sinceramente não sei o que fez comigo, McCracken. Mas mesmo sabendo que talvez você não volte mais para mim, eu apenas te amo... amo cada vez mais. E dói, está doendo muito.
Dói escrever essas palavras, dói escutar essa música, dói até beber. Dói mais em mim do que em você, acredite. (...) Eu não queria que doesse assim. Eu queria você aqui, eu quero... eu preciso! Eu não agüento mais olhar aquela porta, esperando que você entre por ela."




(Três páginas no Word de quotes. Não acredito que me ocupei nisso. Definitivamente estou enlouquecendo.) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário